Capitã Marvel – Higher, Further, Faster… Mas nem tanto assim.
Capitã Marvel chegou aos cinemas brasileiros na véspera do dia internacional da mulher, e o que esperar do primeiro filme Marvel com uma protagonista feminina? Bem, podemos dizer que Vingadores: Guerra Infinita elevou e muito os parâmetros para um filme de super herói. Mas analisando sem paixão ou influencia de Vingadores: Guerra Infinita, fomos presenteados com um filme divertido, bem escrito mas, sem nada de novo.
ENREDO
Capitã Marvel apresenta a piloto da força área americana “Carol Danvers”, que sofre um acidente e é exposta a um fonte de energia que lhe dá super poderes. Todo o arco da nossa heroína é desenvolvido de uma forma coesa porém pobre, bem a quem do que vem sendo feito no universo Marvel no cinema.
O filme aposta em uma trama linear, recheada de flashbacks para criar a inquietude no espírito de “Vers”, nome de Carol enquanto membro da Starforce. Em solo terráqueo, o filme toma um ritmo legal e bem divertido, Nick Fury é introduzido na trama e a partir daí o tom cômico realmente deslancha e combina muito bem com toda a arrogância e o jeito esnobe de nossa heroína.
As cenas iniciais de ação são boas, mas de novo, não vemos nada que nos surpreenda, nada que nos cause a sensação de que esse é um filme de apresentação da nova cara da Marvel Studios para a Fase 4. Clark Gregg retorna ao seu papel como Agente Coulson, jovem e inexperiente, chamado por todos de “novato”.
O VILÃO
O vilão Scrull “Talos” é muito bem representado por Ben Mendelsohn, e é muito bom dizer que ele está à vontade, é divertido ver o que ele fez com o personagem, os trejeitos e tudo mais. Lee Pace também retorna como Ronan, O acusador, muito menos amedrontador do que em Guardiões da Galáxia. As interações de Carol com todos os personagens, é um dos pontos altos do filme, mas parece que Brie Larson ainda não se deu conta da responsabilidade que tem nas mãos. Afinal, especula-se que ela irá suceder Robert Downey Jr. como personagem central no MCU.
PALAVRAS FINAIS
Concluindo, o filme é divertido, mostra uma personagem forte e decidida, sarcástica e arrogante e que fica maravilhosa vestindo a camisa do Guns N’ Roses. A trilha sonora é incrível e poderia se equiparar à trilha de Guardiões da Galáxia, mas por cautela ou apenas falta de ambição, ficamos com o básico. Básico é a melhor definição desse filme, vemos aqui que a Marvel decidiu fazer tudo encaixado em sua fórmula cinematográfica, onde tudo é bem coeso e explicativo, porém a falta de ambição acaba por diminuir algo que poderia ter sido épico, digno da personagem apresentada e da atriz que a representa.